Pesquisadores estudam nova tipologia de veredas em Minas Gerais

Sex, 15 de Junho de 2007 14:26

Imprimir

Alunos de pós-graduação do Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais (IGC/UFMG) estão desenvolvendo uma nova classificação para a vegetação de veredas, em Minas Gerais. A iniciativa é pioneira no estado e as pesquisas são realizadas no Parque Estadual Veredas do Peruaçu, no norte de Minas Gerais, unidade de conservação administrada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF).

As veredas são associadas ao cerrado e se constituem por áreas úmidas que acompanham os cursos d´água, com solos orgânicos, geralmente caracterizados pela presença marcante das palmeiras buriti.

Segundo o orientador da pesquisa, Philippe Maillard, a proposta é acrescentar uma nova tipologia de veredas às atualmente existentes.“A nova tipologia de veredas foi definida levando-se em conta a sua posição e o seu grau de desenvolvimento”, diz Maillard. Em detrimento disso, essa vegetação foi dividida em três tipos distintos: veredas de cabeceira, veredas típicas e veredas de transição. A pesquisa pretende ainda desenvolver métodos de mapeamento, caracterização e monitoramento das veredas em Minas Gerais.

O Parque Estadual Veredas do Peruaçu possui a maior área de veredas preservada no estado. Maillard afirma que está sendo estudado um convênio com o IEF para criar na unidade de conservação uma base permanente de pesquisa. “A instituição tem sido uma parceira inestimável no desenvolvimento dessas pesquisas, fornecendo um apoio imprescindível”, ressalta.

Com 30.702 hectares de área, o Parque Estadual Veredas do Peruaçu está localizado no município de Januária e abriga um complexo de veredas e lagoas, formando um ambiente de textura argilosa. Destaca-se a vereda do Peruaçu, que dá origem ao nome da unidade de conservação (significa 'gruta grande'), com seus 37 quilômetros de comprimento decorados por palmeiras e buritis de até 20 metros de altura. Outras das veredas de menor extensão também são encontradas no Parque como a Comprida, dos Lopes, da Lagoa Azul, da Passagem, da Cruz entre outras.

Leia na íntegra o artigo do professor Philippe Maillard.