Foto: IEF/Divulgação 

A trilha é um incrível corredor de desenvolvimento socioambiental regional que integra cidades históricas, vilarejos, comunidades Quilombolas e UCs

 

Seminário realizado no último sábado (18), em Conceição do Mato Dentro, debateu a implementação da Trilha de Longo Curso da Transespinhaço (TESP). A realização do Seminário é uma das atividades previstas do Plano de Ação Territorial (PAT) para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção do Espinhaço Mineiro, no âmbito do projeto Pró-Espécies: todos contra a extinção.

 

O objetivo do evento foi apoiar a implementação da Trilha por meio do fortalecimento de sua governança setorial, além de promover a integração entre atores regionais e representantes de diferentes segmentos da sociedade, a fim de agregar informações acerca do cenário atual e definir ações e estratégias visando aumentar a efetividade da implementação e a construção coletiva do Setor 2 da TESP.

 

O Setor 2 é um percurso que possui cerca de 167 km, e está intimamente relacionado às regiões turísticas da Estrada Real, dos Circuitos da Serra do Cipó e dos Diamantes, e com o território do Mosaico de Áreas Protegidas Serra do Cipó. “É um incrível corredor de desenvolvimento socioambiental regional que integra cidades históricas, diversos vilarejos, comunidades Quilombolas e as Unidades de Conservação, em um trecho muito especial da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço”, observa o gerente do Parque Estadual Serra do Intendente, Marcos Alexandre dos Santos, um dos coordenadores da TESP.

 

O Setor 2 observa aspectos para a conservação de áreas como centros de endemismo de espécies da flora; caminho das sempre-vivas, das cachoeiras, das cavernas e das paisagens imponentes. Além disso, busca símbolos da religiosidade e é elo entre comunidades resilientes.

 

O trecho inclui os municípios de Itabira, Jaboticatubas, Santana do Riacho, Conceição do Mato Dentro, Morro do Pilar, Itambé do Mato Dentro, Congonhas do Norte e Santana de Pirapama.

O público-alvo do Seminário contou com representantes de Prefeituras e Secretarias Municipais de Turismo, de Desenvolvimento e de Meio Ambiente, órgãos ambientais, gestores de Unidades de Conservação públicas e privadas, empresas, associações comunitárias, moradores locais, guias, condutores turísticos e entusiastas do tema.

 

Pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), participaram o gerente do Monumento Natural Estadual da Serra da Piedade, André Portugal, um dos coordenadores da TESP; Renan Silva, responsável pelo Núcleo de Biodiversidade da Unidade Regional de Florestas e Biodiversidade (URFBio) do IEF no Jequitinhonha e Marcos Alexandre dos Santos, gerente do Parque Estadual Serra do Intendente.

 

Lançamento do Livro: “A Menina Ema e A Vida Secreta do Espinhaço”

 

No domingo (19), a coordenadora do PAT Espinhaço Mineiro pelo IEF, Gabriela Brito, participou do lançamento do livro: “A Menina Ema e A Vida Secreta do Espinhaço”, no Parque Nacional da Serra Cipó. O trabalho também é parte das ações do PAT Espinhaço Mineiro na ação de produção de material educativo e comunicação, mobilização e sensibilização social sobre a importância da biodiversidade do Cerrado e Campos Rupestres e das Turfeiras.

 

Do encontro entre uma menina chamada Ema e a planta Canela-de-ema-gigante surge uma amizade e se inicia uma aventura pelos campos rupestres do Parque Nacional da Serra do Cipó. Além de conhecer esse gigante ancestral, Ema é apresentada para seus amigos, o Lobo-Guará, a Perereca-de-Pijama, a orquídea Sophronites, o Beija-flor-de-gravata-verde e o Tamanduá-bandeira. A planta também conta para a menina sobre sua amiga extinta, também xará, a ave Ema.

 

“Por de trás dessa fábula, crianças e adultos são convidados a conhecer mais sobre a flora e a fauna dos campos rupestres, propiciando a conscientização sobre a conservação desse ecossistema único e ameaçado”, observa a analista do IEF e coordenadora do PAT Espinhaço Mineiro, Gabriela Brito.

 

O livro é uma parceria entre o Parque Nacional da Serra do Cipó, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Mosaico de Unidades de Conservação da Serra do Cipó e a Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço (Unesco), além do Instituto Biotrópicos, Jandaia Histórias Tropicais e a participação de guias e comunidades locais. Foi criado para dar suporte educativo para a visita de uma trilha interpretativa que leva à uma população de Canela-de-ema-gigante. A Vellozia gigantea (Canela-de-Ema-Gigante), como chamada pelos cientistas, é uma planta rara e ameaçada de extinção, sendo que alguns indivíduos podem viver mais de 600 anos e atingir seis metros de altura.

 

No lançamento, foi realizada oficina de desenho, cortejo e espetáculo teatral sobre o livro e teve distribuição gratuita de exemplares.

Clique aqui para conhecer a versão digital do livro.

 

Emerson Gomes
Ascom/Sisema