2º Combio: Discussões ressaltam importância da elaboração de planos de manejo

Seg, 28 de Abril de 2008 18:53

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A importância de estudos científicos para a gestão das áreas protegidas foi o foco da oficina Plano de Manejo e Plano de Gestão: estrutura e aplicabilidade, realizada na sexta-feira (25), no 2º Congresso Mineiro de Biodiversidade (Combio). O representante do Instituto Terra Brasilis, Leandro Moraes Scoss, explica que o plano de manejo é um projeto que determina o zoneamento de uma unidade de conservação e propõe caminhos para a conservação.

O plano de manejo é o documento que detalha todo o ambiente da área protegida que inclui fauna, flora, cursos de água, relevo e clima. Considera ainda a área do entorno e estabelece diretrizes básicas para a gestão da unidade.

Segundo Leonardo Scoss, os planos atuais contribuem para a gestão das unidades, mas precisam ser aperfeiçoados para que o manejo seja efetivo. "É preciso elaborar estudos que tenham metas e ações claras para garantir a proteção do patrimônio natural", afirmou. Para isso, ele sugere que os estudos realizados sejam mais específicos, com a seleção de indicadores biológicos que de fato contribuam para a gestão.

O processo de elaboração do plano de manejo, segundo Scoss, exige um levantamento das informações já produzidas e disponíveis sobre o parque e a região. O expositor sugere que, durante a elaboração do projeto, sejam feitas reuniões periódicas com as equipes temáticas envolvidas, o gestor e os funcionários da unidade de conservação e a sociedade, com o objetivo de levantar informações, trocar experiências e fazer os ajustes multidisciplinares necessários.

Rio Doce

Para garantir a proteção da unidade de conservação que abriga a maior floresta tropical do Estado, o Instituto Estadual de Florestas (IEF) elaborou em 2002, o Plano de Manejo do Parque Estadual do Rio Doce (Perd). A experiência, que contou com a participação efetiva da sociedade, foi apresentada na oficina Plano de Manejo e Plano de Gestão: estrutura e aplicabilidade pelo gerente da unidade, Marcus Vinícius de Freitas.

Para Marcus Vinícius, o principal objetivo do plano de manejo é proteger o ecossistema da unidade, por meio de um planejamento estratégico e participativo. Prevê ainda atividades de educação ambiental e sensibilização ecológica. Também incentiva estudos, pesquisas, monitoramento e trabalhos de interesse científico e sociocultural. "Com a elaboração do plano de uso público do parque, foi possível implantar de forma planejada as atividades de recreação ao ar livre e turismo, como trilhas interpretativas", complementa. Ele explica que o estudo é atualizado a cada cinco anos.

O Parque Estadual do Rio Doce está localizado no Sudoeste do Estado, na região do Vale do Aço, a 248 km de Belo Horizonte, e abrange os municípios de Marliéria, Dionísio e Timóteo, totalizando uma área de 36.970 hectares. O patrimônio natural de um dos mais significativos remanescentes de Mata Atlântica no Brasil é composto por quarenta lagoas naturais, árvores centenárias, madeiras nobres de grande porte e uma infinidade de animais nativos.


26/04/2008
Fonte: Sala de Imprensa
2º Congresso Mineiro de Biodiversidade