Foto: IEF/Divulgação
A 1ª Monitoria Anual do Plano de Ação Territorial (PAT) Capixaba-Gerais ocorreu em Teófilo Otoni com objetivo de salvar espécies ameaçadas dos territórios de Minas Gerais e Espírito Santo
Articuladores, colaboradores e membros do grupo de assessoramento técnico para consoervação de espécies ameaçadas dos territórios Minas e Espírito Santo se reuniram, na última semana, para a 1ª Monitoria Anual do Plano de Ação Territorial (PAT) Capixaba-Gerais. O grupo discutiu o andamento das ações que visam reduzir as ameaças e melhorar o estado de conservação de espécies da fauna e da flora categorizadas como Criticamente em Perigo. O encontro foi realizado no município de Teófilo Otoni.
Durante a monitoria, as ações planejadas foram avaliadas quanto à sua execução: 22% das já foram concluídas; 32% estão em andamento, dentro do previsto; 24% estão em andamento, com algum problema de realização; e 19% ainda não foram iniciadas. O grupo trabalhou na definição de ações optando pela exclusão de uma delas, o agrupamento de duas e o acréscimo de sete ações. Um ponto de destaque nas definições, foi a ampliação do território, que passou a incluir a região do município de Conselheiro Pena (MG), pela ocorrência de campos rupestres na Serra do Padre Ângelo e em seu entorno.
A analista ambiental da Gerência de Recuperação Ambiental e Planejamento da Conservação de Ecossistemas do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Gabriela Cristina Barbosa Brito, explicou que, além do trabalho de gestão, o grupo realizou duas visitas técnicas em que as ações em andamento foram verificadas pelos participantes. “A primeira visita foi em Ouro Verde de Minas, onde um imóvel rural localizado em uma comunidade Quilombola está sendo fomentado para execução de boas práticas agrícolas. Na visita, foi apresentado ao grupo as ações de Agroecologia”, disse.
Na segunda visita técnica, os participantes foram na Área de Proteção Ambiental (APA) do Alto do Mucuri, uma das áreas prioritárias de atuação do PAT Capixaba-Gerais. Na oportunidade, a equipe do IEF apresentou os desafios para proteção dos remanescentes florestais, fundamentais para a preservação das espécies de plantas e animais ameaçadas de extinção no território.
“Os participantes saíram da 1ª Monitoria Anual mais engajados na execução das ações e com metas que visam refletir na proteção à biodiversidade da Mata Atlântica de Minas Gerais e do Espírito Santo”, afirma Gabriela Brito.
PAT
O PAT Capixaba-Gerais tem o objetivo de melhorar o estado de conservação e conhecimento sobre as espécies ameaçadas de extinção, por meio do envolvimento de diversos atores, além de promover ações que possam mitigar os impactos diretos e indiretos causados pelos principais vetores de pressão que incidem sobre as espécies alvo do Plano.
O território do PAT Capixaba-Gerais abrange o estado do Espírito Santo e porção do estado de Minas Gerais, totalizando uma área de 68.487,34 km2. Nessa área ocorrem mais de 200 espécies da fauna e da flora não contempladas por estratégias de conservação.
O PAT Capixaba-Gerais faz parte dos planos para a conservação de espécies ameaçadas de extinção, atuando dentro do Projeto Pró-Espécies: Todos contra a Extinção, financiado pelo Fundo Mundial para o Meio Ambiente, coordenado pelo Departamento de Espécies do Ministério do Meio Ambiente e implementado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), sendo o WWF-Brasil a agência executora e o IEF (Instituto Estadual de Florestas - MG) a agência que coordena e executa a implementação de suas ações.
Para mais informações sobre o PAT, clique aqui
Emerson Gomes
Ascom/Sisema