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Instituto Estadual de Florestas - IEF

Plantas do Parque Estadual do Rio Doce integram maior rede on-line de dados da biodiversidade brasileira

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 Foto: Divulgação/IEF

Atualmente o acervo conta com 1.390 amostras das mais variadas espécies da flora Dentro

Com a revisão e digitalização do acervo, é possível conhecer as espécies, compará-las com outras existentes em outras UCs do Brasil e do mundo

 

A coleção de plantas que compõe o herbário do Parque Estadual do Rio Doce (Perd) está disponível no Species Link, maior rede de dados da biodiversidade brasileira. Com um acervo de 1.390 amostras das mais variadas espécies da flora, o parque possui, atualmente, 700 dessas amostras já digitalizadas e disponíveis para consulta na base de dados do Species Link. Os outros 690 exemplares estão em processo de inserção na plataforma.

 

O Herbário Perd existe há cerca de 40 anos, dentro das dependências da unidade de conservação, sendo disponível para consultas de forma presencial, o que atrai pesquisadores, estudantes e interessados na flora do parque. As amostras são chamadas de exsicatas, pois são plantas desidratadas e devidamente catalogadas com a descrição e caracterização do exemplar coletado.

 

Com a revisão e digitalização do acervo, é possível conhecer as espécies, compará-las com outras existentes em outras unidades de conservação do Brasil e do mundo, via internet.  Além de facilitar esse acesso, a disponibilização das espécies de forma digitalizada tem como objetivo fomentar a pesquisa, a educação e a formulação de políticas para promover a conservação e o uso sustentável da biodiversidade.

 

“Isso confere ao Parque e ao bioma que ele protege uma maior visibilidade e alcance. É uma contribuição relevante para a compreensão da pesquisa científica no âmbito nacional e internacional”, comenta o gerente do Perd, Marcus Vinícius de Freitas. Segundo ele, com o herbário disponível em plataforma on-line, há uma facilidade de acesso numa perspectiva de ciência cidadã. “Ao disponibilizar esse conhecimento de todas as espécies, podemos catalisar mais parcerias e contribuições da sociedade como um todo. Para o Parque, isso é muito relevante, pois converge com a proposta da unidade”, diz.

 

O acervo do Herbário Perd contém registros sobre as características e abrangência das espécies vegetais, o que possibilita subsídio documental para pesquisas botânicas no campo da taxonomia florística, bem como levantamentos ecológicos, atestando a presença ou ausência das espécies em determinadas áreas.

 

Digitalização

 

O biólogo responsável pela coleção, Vitor Baptista, explica que a digitalização dos exemplares da flora do Perd promove o acesso a informações relevantes para pesquisadores. “O Species Link é uma plataforma de acesso livre e aberto dos dados, que tem como objetivo integrar informações primárias sobre a biodiversidade que já estão disponíveis em museus, herbários e coleções biológicas. A coleção do Herbário Perd está passando por revisão e sendo fotografado para ser inserido na base de dados da plataforma. Por ser uma base de dados de acesso livre, todo e qualquer interessado poderá acessar fomentando pesquisas, educação e políticas para promoção da conservação e uso sustentável”, avalia o especialista.

 

Parceria

 

A reestruturação do Herbário Perd é uma das entregas previstas no Termo de Parceria celebrado entre o Instituto Estadual de Florestas (IEF) e o Instituto Ekos Brasil. “O Termo de Parceria trata de apoio às ações de consolidação de conservação do parque. Dentre as ações, está previsto o fortalecimento das pesquisas, que é onde o Herbário Perd tem sua relevância contemplada no documento”, pontua Vitor.


Herbário Perd

 

O Herbário Perd foi fundado na década de 1980 e tem como missão a documentação da flora do Parque Estadual do Rio Doce e de suas áreas adjacentes. A coleção abriga táxons provenientes de áreas florestais e de ambientes úmidos. A maior parte do acervo está associada a exemplares de angiospermas, principalmente das famílias Fabaceae (Leguminosae) e Bignoniaceae. Além disso, conta com registros importantes de espécies de macrófitas aquáticas, provenientes do Sistema Lacustre do Vale do Rio Doce.


Saiba mais sobre o Herbário do PERD


 Luciane Evans
Ascom/Sisema

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