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Instituto Estadual de Florestas - IEF

Oficina trabalha plano de controle e monitoramento de javalis/javaporcos na Serra do Cipó

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Divulgação Sisema

Oficina IEF Javali Mat

Iniciativa é uma das ações do PAT Espinhaço Mineiro, no âmbito do Projeto Pró-Espécies

 

O Instituto Estadual de Florestas (IEF) participou, nessa quarta-feira (13/3), da oficina de elaboração do plano local e de controle e monitoramento de javalis/javaporcos no Mosaico da Serra do Cipó. A iniciativa é uma das ações do Plano de Ação Territorial (PAT) do Espinhaço Mineiro, no âmbito do Projeto Pró-Espécies: Todos contra a extinção.

 

O evento, realizado no Parque Nacional da Serra do Cipó, contou com apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e participação de prefeituras, Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Emater, Associações Agroecológicas, Instituto Bromélias e comunidades locais.

 

A oficina abordou a importância do controle e monitoramento dos javalis nos territórios do Parque Nacional da Serra do Cipó e da APA Morro da Pedreira. "A criação do plano contemplará a definição de objetivos e ações, com a identificação de articuladores para uma atuação conjunta entre os diferentes atores locais", destaca a analista ambiental Janaína Aguiar, do IEF.

 

A espécie

 

O javali (Sus scrofa) é uma espécie de porco selvagem nativo da Europa, Ásia e norte da África e foi introduzido na América do Sul no início do século XX, onde se tornou uma espécie exótica invasora.

 

Atualmente, os javalis estão entre as 100 espécies invasoras que causam os danos mais significativos à biodiversidade. Além de danos à flora e à fauna nativa, eles também atuam no desencadeamento de processos erosivos e de assoreamento de corpos d’água. São também responsáveis por prejuízos na produção agrícola e representam um grave risco sanitário para a atividade pecuária.

 

A Estratégia Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção Pró-Espécies: Todos contra a extinção é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) que tem como objetivo adotar ações de prevenção, conservação, manejo e gestão para minimizar as ameaças, o risco de extinção e melhorar o estado de conservação das espécies ameaçadas.

 

Projeto Pró-Espécies

 

O projeto Pró-Espécies é financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, da sigla em inglês para Global Environment Facility Trust Fund), coordenado pelo Departamento de Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade (DESP) e implementado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), sendo o WWF-Brasil a agência executora.

 

O território do PAT Espinhaço Mineiro abrange uma área com 105.251 km2, perpassando os biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. São alvo desse PAT 24 espécies criticamente em perigo (CR), sendo 19 espécies da flora, 3 de peixes e 2 de invertebrados, entretanto, os efeitos positivos das ações do plano também serão refletidos em, pelo menos, 1.787 outras espécies ameaçadas presentes no território (espécies beneficiadas). Em Minas, é coordenado pelo Instituto Estadual de Florestas.

 

O projeto trabalha em conjunto com 13 estados do Brasil (MA, BA, PA, AM, TO, GO, SC, PR, RS, MG, SP, RJ e ES) para desenvolver estratégias de conservação em 24 territórios, totalizando 9 milhões de hectares. Ele prioriza a integração da União e estados na implementação de políticas públicas, assim como procura alavancar iniciativas para reduzir as ameaças e melhorar o estado de conservação de pelo menos 290 espécies categorizadas como Criticamente em Perigo e que não contam com nenhum instrumento de conservação.

 

Luiz Fernando Motta
Ascom/Sisema

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