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Instituto Estadual de Florestas - IEF

Minas Gerais inicia ações para proteção do Surubim do Doce, espécie ameaçada de extinção

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Fotos: Frederico Ferrreira

SurubimDoceinterna

 A espécie era comum na calha do Rio Doce, mas tornou-se rara por sobrepesca e alteração de habitat

 

O Plano de Ação Territorial para conservação de espécies ameaçadas de extinção (PAT) Espinhaço Mineiro iniciou as atividades voltadas à conservação do Surubim do Doce (Steindachneridion doceanum), espécie endêmica do rio Doce e criticamente ameaçada de extinção. A espécie era bastante comum na calha do Rio Doce, mas tornou-se rara por sobrepesca e por alteração de habitat. Ela vive em locais de pedra e em trechos do rio com forte correnteza.

 

As atividades estão sendo desenvolvidas em parceria com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica de Belo Horizonte (FPMZB) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV). O projeto conta ainda com a consultoria especializada Doceana para os levantamentos de dados, estudos e trabalhos de campo, ações de mobilização, entre outros. 

 

Entre as ações previstas no PAT para conservação da espécie estão a realização de estudo da primeira fase do ciclo de vida e estimativa do tamanho populacional do surubim no Rio Doce e seus afluentes, e o desenvolvimento de diretrizes e desenho de métodos de manejo para reduzir o impacto da pesca sobre as populações desse peixe em trecho do Rio Doce definido como prioritário. As ações também se propõem a criar protocolos para manutenção e criação ex situ (fora do ambiente natural) da espécie, fornecendo subsídios para uma possível reintrodução em seu ambiente natural, particularmente nos locais onde a espécie ocorria no passado.

 

O primeiro resultado, um dos mais relevantes, já ocorreu na semana de 29 de março e 2 de abril, com a coleta de três exemplares do Surubim no Rio Piranga. Após triagem em campo, que envolve coleta, medição e pesagem dos animais, os indivíduos foram devidamente transportados para o Zoológico de Belo Horizonte, onde foram recebidos com todos os cuidados pela equipe de biólogos e tratadores do Aquário. Lá, eles iniciaram o período de quarentena, sob os olhares dos veterinários, para se adaptar ao novo ambiente. 

 

“Esse é o primeiro passo para os trabalhos de manutenção, conservação e reprodução ex situ (fora do ambiente natural) da espécie”, observa a analista ambiental Janaina Aguiar, que integra a equipe do IEF no projeto.

 

Programa

 

O PAT faz parte do “Projeto Pró-Espécies: Estratégia Nacional para conservação de espécies e ameaçadas de extinção”, e tem um olhar especial para aquelas espécies que estão em alto risco, classificadas como Criticamente em Perigo (CR) e que ainda não foram contempladas em um instrumento de proteção. O programa é coordenado em Minas pelo Instituto Estadual de Florestas.

 

Emerson Gomes

Ascom/Sisema

 

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