Uma descoberta, que aconteceu por acaso, transformou uma fruta nativa do Cerrado brasileiro em fonte de renda para a técnica em agroindústria, Vicentina Bispo Corte. "A farofa com polpa de pequi surgiu a partir de uma travessura", conta a expositora do distrito de Pandeiros, próximo ao município de Januária, na Região Norte do Estado que participa da Feira de Produtos da Biodiversidade, no 2º Combio.
Vicentina produzia farofa a partir da polpa de pequi para a família, sem saber que tinha em mãos uma grande fonte de nutrientes. Durante o curso de agroindústria, ela foi alertada de que havia alcançado um objetivo de muitos estudos universitários: desidratar o fruto.
O pequi sempre serviu como alimento para pessoas e animais, mas a sua desidratação ainda não havia sido alcançada. Ele é fonte de cálcio, ferro e vitaminas A, B1 e B2 e, justamente por isso, é eficaz na prevenção de doenças cardiovasculares e anemia. Vicentina aproveitou para produzir, além da farofa, condimentos granulados e paçoquinha com pequi. "Tenho também a intenção de produzir suplementos", afirma a expositora.
A participação de Vicentina na Feira de Produtos e Serviços, Cores e Sabores da Biodiversidade, evento paralelo ao 2º Congresso Mineiro de Biodiversidade (Combio), é uma oportunidade para que não se perca a produção durante a entressafra, já que o período de colheita do pequi acontece entre novembro e março. "Espero fazer da minha invenção um empreendimento para outras pessoas de Pandeiros", relata a técnica em agroindústria.
Os interessados em adquirir a farofa com polpa de pequi e outros produtos feitos a partir da fruta devem procurar o estande da Associação Comunitária Unidos do Distrito de Pandeiros.
24/04/2008
Fonte:
Sala de Imprensa
2º Congresso Mineiro de Biodiversidade