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Instituto Estadual de Florestas - IEF

Seminário avalia ações de recuperação da Mata Atlântica no Leste do Estado

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Com uma visita a áreas de reflorestamento, terminou nesta quarta (28) o Seminário de Avaliação do Projeto Piloto de Recuperação Florestal de Áreas Degradadas do Médio Rio Doce, desenvolvido pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) no Leste do Estado. No encontro, cerca de 60 representantes de entidades governamentais, não governamentais e produtores rurais discutiram as ações executadas em parceria com a Organização Internacional de Madeiras Tropicais (ITTO), entidade de origem japonesa.

O Seminário, que teve início no dia 27 no município de Aimorés, reuniu representantes de todos os envolvidos na execução das ações de recuperação do solo, nascentes e florestas do bioma Mata Atlântica. As atividades do Projeto IEF/ITTO, iniciadas em 2004, são desenvolvidas em oito municípios. O projeto tem ainda a participação do Instituto Terra, organização não governamental fundada pelo fotógrafo Sebastião Salgado por e Lélia Deluiz Wanick Salgado.

Na manhã de quarta, os produtores conheceram a propriedade de Elias Cremasco, na localidade de Alto Capim, município de Aimorés, que realizou o reflorestamento de cerca de quatro hectares para proteção de uma nascente. Cremasco plantou cerca de 3,2 mil mudas de espécies nativas que já estão em desenvolvimento e, segundo o produtor rural, já provocam mudanças positivas na temperatura da região. “Se a mata não fosse recuperada e preservada, a região ficaria tão quente que seria impossível o trabalho”, afirma.

Cremasco informa que adquiriu a propriedade há cinco anos e aderiu ao projeto em outubro de 2007. Ele observa que desde que começou a trabalhar no Alto Capim, vem adotando uma série de medidas para proteger a nascente. “Construímos aceiros em toda a área e desde que me mudei não aconteceram incêndios”, afirma. O produtor observa que o sucesso do trabalho de proteção da área já mobiliza alguns dos seus vizinhos e também produtores de outros municípios. “Meus irmãos, que também trabalham no campo, já começaram a executar ações parecidas em suas terras”, observa.

O viveiro de produção de mudas localizado na propriedade de Edicarmo Cândido também foi visitado pelos produtores que puderam observar o sistema adotado no local. Com capacidade para produção de 30 mil mudas por ano, o viveiro é o único comunitário localizado no município de Aimorés. A grande demanda pelas mudas, que são utilizadas nos projetos de recuperação florestal do município, levou o produtor a analisar a possibilidade de manter o viveiro em atividade após o encerramento das ações. “É mais uma alternativa para a propriedade onde já criamos gado e plantamos eucalipto, hortaliças e café”, afirma Cândido.

Desertificação

A execução de projetos de recuperação florestal como o IEF/ITTO faz parte dos esforços que o Instituto vem executando para conter a desertificação na região do Médio Rio Doce. Segundo o engenheiro agrônomo da diretoria de Desenvolvimento e Conservação Florestal do IEF, José do Carmo Neves, o desmatamento provoca erosão, diminui a qualidade e oferta de água, provoca poluição e aumenta a miséria. “Conter o processo de desertificação é responsabilidade de todos e ainda há tempo para fazê-lo”, afirma.

Neves observa que produtores rurais e técnicos de instituições como o IEF precisam se unir para conseguir sucesso na recuperação das áreas degradadas. “O trabalho exige confiança, respeito e diálogo entre todos que têm de ser ver como parceiros”, afirma. Para ele, somente essa união, que deve incluir ainda toda a comunidade local, permitirá a execução de um trabalho bem feito e o uso sustentável dos recursos naturais. “Manter a vitalidade do meio ambiente significa aumento da produção das fazendas, da qualidade de vida dos produtores rurais e o fim do êxodo rural”, observa.

As ações desenvolvidas pelo Projeto IEF/ITTO serão continuadas e ampliadas para outros municípios. O Projeto Estruturador Conservação do Cerrado e Recuperação da Mata Atlântica, desenvolvido pelo Governo do Estado e executado pelo IEF, destinou novos recursos para a recuperação da Mata Atlântica, bioma principal da região do Médio Rio Doce. A previsão é de que sejam investidos cerca de R$ 6 milhões em ações de recuperação do bioma em 2008.

 

 

Data: 29/05/08
Fonte: Ascom / Sisema

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